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Guia sobre o Drex: Entenda o que é e como funciona o Real Digital

Explore o conceito do Real Digital, a moeda virtual oficial do Brasil, com potencial para modernizar o sistema bancário e revolucionar os recursos financeiros

Tempo estimado de leitura: 5 minutos
Guia sobre o Drex: Entenda o que é e como funciona o Real Digital

Imagine comprar um carro novo e transferir a titularidade por meio do celular, logo após a transferência do pagamento para a concessionária, sem a necessidade de lidar com cartórios. Ou realizar investimentos em renda fixa ou ações durante o final de semana, sem restrições de horários estabelecidas pelas corretoras. Ou ainda, resgatar um investimento em um domingo e ter o valor creditado instantaneamente em sua conta. Estes são apenas alguns exemplos do que se espera do Real Digital, apelidado de Drex.

Embora pareçam cenários futuristas, essas funcionalidades estão prestes a se tornar realidade para milhões de brasileiros. O Banco Central (BC) já deu início ao programa-piloto do Drex, que será a moeda digital oficial do Brasil.

Mas, afinal, o que é o Drex e como ele funcionará na prática? 
Qual é o propósito do Banco Central ao introduzir essa inovação e, mais importante ainda, quais benefícios ela trará?

Neste guia, você terá todas as informações necessárias para se preparar para essa revolução digital nas transações financeiras. 
Vale ressaltar:

O Drex não é Pix nem criptomoeda, mas está destinado a transformar significativamente a maneira como você utiliza o dinheiro para compras e investimentos.

O que é o Drex?

O Drex será a primeira moeda virtual oficial do Brasil. Basicamente, é uma extensão das tradicionais cédulas físicas de dinheiro, porém será transacionado exclusivamente em meio digital.

"Assim como a nota de R$ 1 é o mesmo real que está em sua conta corrente", explica Aristides Cavalcante, chefe de cibersegurança do BC. Em outras palavras, cada R$ 1 será equivalente a 1 Drex.

As regras e fundamentos para manter a estabilidade do real serão mantidos, e será possível realizar transações financeiras, transferências e pagamentos com o Drex.

De forma geral, uma CBDC (Central Bank Digital Currency) é a versão virtual da moeda de um país - uma alternativa digital, embora mantendo o mesmo valor da moeda tradicional utilizada diariamente ou transacionada por meio de aplicativos.

Entre suas principais características, o Drex:

  • É classificado como Central Bank Digital Currency (CBDC, Moeda Digital de Banco Central, em inglês);
  • Será emitido e ficará sob custódia do Banco Central;
  • Terá a mesma cotação frente a outras moedas que o real tem hoje;
  • Sua distribuição para o público será intermediada pelos bancos;
  • Promete maior segurança jurídica e mais privacidade no compartilhamento de dados pessoais.

Inicialmente conhecida como Real Digital, a moeda digital brasileira foi renomeada como Drex em agosto de 2023.

Segundo o BC, cada letra do nome representa uma característica da ferramenta:

  • O "D" representa a palavra digital;
  • O "R" representa o real;
  • O "E" representa a palavra eletrônica;
  • O "X" evoca a modernidade e a conexão, além de repetir a última letra do Pix, sistema de transferência instantânea criado em 2020.

Qual é o objetivo do Banco Central com o Drex?

Ao lançar o Drex, o BC tem como principais objetivos reduzir os custos das operações bancárias, como a emissão de papel-moeda, e ampliar o número de pessoas no mercado financeiro. O foco são os "consumidores conectados ao mundo digital", de acordo com o BC.

A adoção do Real Digital deve facilitar o acesso dos brasileiros a recursos financeiros por meio da tecnologia, como parte de uma série de iniciativas da autoridade monetária rumo à digitalização da economia do país, preparando-o para a chamada Web 3.0, a nova fase da Internet baseada em tecnologia blockchain.

De acordo com o próprio BC, o Real Digital tem o potencial de melhorar a eficiência do mercado de pagamentos de varejo, promover a competição e a inclusão financeira para a população ainda inadequadamente atendida por serviços bancários.

Mais do que uma moeda digital, o Drex pretende ser uma infraestrutura que integrará, pela primeira vez em um único local, dinheiro e ativos financeiros, como ações, debêntures, títulos públicos e até certificados de propriedade de imóveis e automóveis.

Entre os efeitos esperados estão produtos financeiros melhores e mais rentáveis para todos os participantes da cadeia (de emissores a investidores), maior agilidade e disponibilidade para investir, sem a necessidade de se ajustar aos horários bancários, além da possibilidade de surgimento de novos instrumentos financeiros.

Por esses motivos, há uma grande expectativa de que a novidade represente para o mercado financeiro um salto similar - ou até maior - ao que foi dado pelo Pix na cultura de pagamentos do brasileiro.

Segundo o site CBDC Tracker, que monitora projetos de moedas digitais no mundo, quase 140 países têm iniciativas similares em algum estágio de desenvolvimento, seja na fase de pesquisa ou de testes no mundo real, como é o caso do Drex.

A iniciativa mais avançada do mundo ocorre na China, que testa o Yuan Digital (chamado localmente de e-CNY) em diversas províncias desde 2020. Em setembro de 2022, a moeda digital já tinha sido utilizada por mais de 260 milhões de pessoas.

Com o avanço do projeto do Drex, outros países observam com atenção, servindo de modelo para economias que desejam adotar a tecnologia para inovar serviços financeiros, sem ameaçar o papel dos bancos.

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Diogo Lovizon

Diogo Lovizon

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CEO & Founder da SaaS Web tecnologia. Desenvolvedor responsável pelo Software Acolweb e Consultor especialista em SEO

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