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FEBRABAN TECH 2024 | Antecipando ameaças: bancos sempre um passo à frente na segurança

Este artigo explora detalhadamente as ações e inovações apresentadas durante o evento, com um foco especial em como a inteligência artificial (IA)

Tempo estimado de leitura: 6 minutos

No cenário dinâmico e tecnológico atual, a segurança cibernética emergiu como uma prioridade crítica para o setor bancário. O FEBRABAN Tech 2024, um dos eventos mais destacados em tecnologia bancária, ofereceu uma visão abrangente das estratégias inovadoras adotadas pelos bancos para mitigar os riscos cibernéticos. Este artigo explora detalhadamente as ações e inovações apresentadas durante o evento, com um foco especial em como a inteligência artificial (IA), a colaboração interinstitucional, a educação e o treinamento, as abordagens de segurança em camadas, as respostas rápidas a incidentes, e as auditorias e conformidade estão moldando a defesa cibernética no setor financeiro.

1. Inteligência Artificial e Machine Learning

A utilização de inteligência artificial (IA) e machine learning (ML) tem sido uma das principais armas na luta contra o cibercrime. Estas tecnologias permitem que os bancos analisem grandes volumes de dados em tempo real, identificando padrões suspeitos e anomalias que poderiam indicar atividades fraudulentas. Durante o FEBRABAN Tech 2024, especialistas destacaram várias maneiras pelas quais a IA e o ML estão sendo implementados:

  • Detecção de Fraudes: Algoritmos de machine learning são treinados para reconhecer comportamentos anômalos em transações financeiras. Isso inclui transações que diferem do padrão habitual do cliente, acessos de locais incomuns, e tentativas de login múltiplas e falhas. Ao detectar essas anomalias, os bancos podem interromper transações suspeitas antes que sejam concluídas.
  • Automação de Resposta: Sistemas de IA podem automatizar a resposta a incidentes de segurança, reduzindo o tempo de reação e minimizando os danos. Por exemplo, um sistema pode automaticamente bloquear uma conta ao detectar atividades suspeitas e iniciar uma investigação.
  • Análise Preditiva: Usando big data e algoritmos preditivos, os bancos podem antecipar potenciais ameaças antes que ocorram. Isso inclui prever quais tipos de ataques são mais prováveis de ocorrer e em quais pontos da infraestrutura bancária.

2. Colaboração Interinstitucional

Outro ponto chave discutido no evento foi a importância da colaboração entre diferentes instituições financeiras e empresas de tecnologia. Essa colaboração é essencial para criar uma frente unida contra ciberataques. As principais iniciativas incluem:

  • Compartilhamento de Informações: Bancos estão formando consórcios para compartilhar informações sobre ameaças e vulnerabilidades. Esta troca de informações ajuda todas as partes a se prepararem melhor para novos tipos de ataques.
  • Parcerias com Empresas de Segurança: Bancos estão colaborando com empresas de cibersegurança para desenvolver soluções personalizadas. Essas parcerias permitem que os bancos se beneficiem da expertise especializada e das tecnologias avançadas desenvolvidas por essas empresas.
  • Eventos e Workshops: Organizações como a FEBRABAN promovem eventos e workshops que reúnem especialistas do setor para discutir tendências emergentes em segurança cibernética e compartilhar melhores práticas.

3. Educação e Treinamento

A educação e o treinamento contínuo de funcionários e clientes são cruciais para uma postura de segurança robusta. Durante o FEBRABAN Tech 2024, vários palestrantes enfatizaram a necessidade de programas abrangentes de conscientização e treinamento. As iniciativas incluem:

  • Treinamento de Funcionários: Programas regulares de treinamento sobre segurança cibernética para funcionários são essenciais. Isso inclui como identificar e responder a tentativas de phishing, a importância de senhas fortes, e as práticas seguras de navegação na internet.
  • Conscientização dos Clientes: Bancos também estão investindo em educar seus clientes sobre como proteger suas informações pessoais. Isso pode incluir campanhas de marketing sobre segurança, workshops e guias detalhados sobre como evitar fraudes online.
  • Simulações de Ataques: Realizar simulações de ataques cibernéticos ajuda a preparar funcionários para responder a incidentes reais. Esses exercícios fornecem uma visão prática de como um ataque pode ocorrer e quais medidas devem ser tomadas para mitigá-lo.

4. Segurança em Camadas

A abordagem de segurança em camadas é uma prática recomendada que envolve a implementação de várias camadas de defesa para proteger os dados e sistemas contra ameaças. Durante o evento, foram discutidos vários componentes desta estratégia:

  • Autenticação Multifatorial (MFA): A implementação da MFA é uma medida eficaz para garantir que apenas usuários autorizados possam acessar sistemas e informações. Isso geralmente envolve a combinação de algo que o usuário conhece (como uma senha) com algo que o usuário possui (como um token de autenticação) e algo que o usuário é (como uma impressão digital).
  • Criptografia Avançada: A criptografia de dados, tanto em trânsito quanto em repouso, é essencial para proteger informações sensíveis contra interceptações e acessos não autorizados. Bancos estão utilizando algoritmos de criptografia robustos para garantir a segurança dos dados.
  • Monitoramento em Tempo Real: Ferramentas de monitoramento em tempo real permitem que os bancos detectem e respondam a atividades suspeitas imediatamente. Essas ferramentas utilizam análises comportamentais e regras predefinidas para alertar sobre possíveis incidentes de segurança.

5. Resposta Rápida a Incidentes

A capacidade de responder rapidamente a incidentes de segurança é fundamental para minimizar o impacto de ciberataques. No FEBRABAN Tech 2024, foram destacadas várias estratégias para melhorar a resposta a incidentes:

  • Equipes Dedicadas de Resposta a Incidentes (IRT): Bancos estão formando equipes especializadas em resposta a incidentes que são responsáveis por gerenciar e mitigar ataques cibernéticos. Essas equipes estão em prontidão 24/7 para lidar com qualquer emergência.
  • Playbooks de Incidentes: A criação de playbooks de resposta a incidentes fornece um guia passo a passo para gerenciar diferentes tipos de incidentes de segurança. Esses playbooks incluem procedimentos para identificar, conter, erradicar e recuperar de ataques.
  • Análise Pós-Incidente: Após a resolução de um incidente, é crucial realizar uma análise detalhada para entender como o ataque ocorreu, quais vulnerabilidades foram exploradas e quais medidas podem ser tomadas para evitar ocorrências futuras.

6. Auditorias e Conformidade

A realização de auditorias regulares e o cumprimento de normas rigorosas de segurança são essenciais para garantir que todas as medidas de segurança estejam atualizadas e eficazes. No evento, foram discutidos os seguintes aspectos:

  • Auditorias Regulares: A condução de auditorias internas e externas ajuda a identificar e corrigir vulnerabilidades de segurança. Essas auditorias são realizadas por equipes independentes que avaliam a eficácia das medidas de segurança implementadas.
  • Conformidade com Normas de Segurança: Bancos devem cumprir várias normas e regulamentos de segurança, como o GDPR (Regulamento Geral de Proteção de Dados) na Europa e a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) no Brasil. A conformidade com essas normas é crucial para proteger os dados dos clientes e evitar multas pesadas.
  • Certificações de Segurança: Obter certificações de segurança, como a ISO/IEC 27001, demonstra o compromisso do banco com as melhores práticas de segurança da informação. Essas certificações exigem que as organizações implementem um sistema de gestão de segurança da informação (SGSI) robusto.

A segurança cibernética no setor bancário é um campo em constante evolução, impulsionado pelo desenvolvimento tecnológico e pela crescente sofisticação dos ataques cibernéticos. As estratégias apresentadas no FEBRABAN Tech 2024 mostram um compromisso claro do setor em se manter à frente das ameaças, utilizando uma combinação de tecnologia avançada, colaboração interinstitucional, educação e treinamento, segurança em camadas, resposta rápida a incidentes, e auditorias regulares. Essas medidas não apenas protegem os ativos financeiros e as informações sensíveis, mas também garantem a confiança dos clientes no sistema bancário.

Diogo Lovizon

Diogo Lovizon

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CEO & Founder da SaaS Web tecnologia. Desenvolvedor responsável pelo Software Acolweb e Consultor especialista em SEO

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